04 - AGASALHA-TE RIQUINHO
Agora, à noitinha (enquanto Eleutério, no clube da Rua Nova-do-Carmo, jogava a manilha), eu tinha ali na alcova da Adélia a radiante festa da minha vida. Levara para lá um par de chinelas, era o eleito do seu seio. As nove e meia, despenteada, envolta à pressa num roupão de flanela, com os pés nus, acompanhava-me pela escadinha de trás, colhendo em cada degrau, nos meus lábios, um beijo lento e saudoso.
- Adeus, Delinha!
- Agasalha-te, riquinho!
pg 24-25
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