JERUSALÉM
E uma inquietação engolfou-se em minha alma, como um vento triste numa ruína... Eu ia avistar Jerusalém! Mas - qual? Seria a mesma que vira um dia, resplandecendo suntuosamente ao sol de Nizam, com as torres formidáveis, o templo cor de ouro e cor de neve, Acra cheia de palácios, Bezeta regada pelas águas de Enrogel?...
- El-Kurds! El-Kurds! - gritou o velho beduíno, com a lança no ar, anunciando pela sua alcunha muçulmana a cidade do Senhor.
Galopei, a tremer... E logo a vi, lá embaixo, junto à ravina do Cédron, sombria, atulhada de conventos e agachada nas suas muralhas caducas - como uma pobre, coberta de piolhos, que para morrer se embrulha a um canto nos farrapos do seu mantéu.
pg 215-216
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