A CRUCIFICAÇÃO


Espavorido, puxei a capa do douto Topsius - e cortamos pelas urzes até ao alto, onde se apinhavam, olhando e galrando, obreiros das oficinas de Garebe, serventes do templo, vendilhões, e alguns desses sacerdotes miseráveis e em farrapos, que vivem de nigromancia e de esmolas.(...)
Então, ansioso, ergui os olhos... Ergui os olhos para a cruz mais alta, cravada com cunhas numa fenda de rocha. O Rabi agonizava. E aquele corpo que não era de marfim nem de prata, e que arquejava, vivo, quente, atado e pregado a um madeiro, com um pano velho na cinta, um travessão passado entre as pernas - encheu-me de terror e de espanto...

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