JERUSALEM (vista do sonho)


Subitamente, Topsius parara, abria os braços; eu também; e com o coração suspenso ali ficamos imóveis, deslumbrados, vendo lá embaixo, na luz, resplandecer Jerusalém.
O sol banhava-a, suntuosamente! Uma severa altiva muralha, guarnecida de torres novas, com portas onde as cantarias se entremeavam de lavores de ouro, erguia-se sobre a ribanceira escarpada do Cédron, já seco pelos calores de Nizam, e ia correndo, cingindo Sião, para o lado de Hínon e até aos cerros de Garebe. E, dentro, em face aos cedros que nos assombreavam, o templo, sobre os seus alicerces eternos, parecia dominar toda a Judéia, soberbo em esplendor, murado de granitos polidos, armado de bastiões de mármore, como a refulgente cidadela de um deus!...

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